mínimas, até que ele sumiu, não para proteger o garoto, mas por ter recebido uma profecia a qual o poderia tornar um grande homem, mas Zeus não poderia interferir diretamente no seu destino.

     Desesperada, Amália recorreu até sua mãe, tinha medo de que fosse julgada, não por gerar uma criança sem ter alguém ao seu lado, mas por voltar a pisar as terras de sua família, agora com um semideus em seu ventre. Iruna e Azarias Graylock, eram os pais de Amália, líderes de sua família, que apesar de não terem ido contra a expulsão da filha no passado, acolheram-na, bem, ao menos até que seu pai descobrisse a verdade. Amália, preferiu esconder o fato de que havia engravidado do filho mais novo de Cronos, mas não poderia fazer isso por toda a vida. O ano era 2010, quando em um dia de extrema tempestade, raios e trovões espalhados pelos céus de Scottsdale, Arizona, haviam se passado exatos nove meses de uma gestação de risco, e ao décimo sétimo dia de agosto, nascia um menino, de pele clara, cabelos loiros, forte e com os olhos de Zeus. Amália, sendo cristã, disse: “Ele se chamará Azari, aquele a quem o senhor ajudou.” Sua mãe ao ver os olhos da criança entendeu e percebeu o que sua filha havia escondido por meses depois que foi em busca de ajuda. Quando Azarias saiu daquele quarto, Iruna, sob um sentimento de ira pela “mentira” da filha, a segurou um dos braços enquanto Azari estava em seu colo mamando e a questionou indagando: “Como pôde? Esconder algo assim por meses… você sabia que se falasse não teria abrigo. Essa pele, esses cabelos dourados… os olhos. Ele é um semideus Amália??” Ela então tomou a criança dos braços da mãe que não diria uma palavra sequer, apenas chorando, o que confirmava o fato. Azari, assim que no colo de sua vó, esboçou apenas um singelo sorriso, apesar de ser tomado bruscamente, não chorou, aquilo fez derreter o coração de pedra de sua vó, que deixou algumas lágrimas escorrerem do rosto. Quando perguntado, Amália revelou a sua mãe quem de fato era o pai do bebê Graylock. A senhora, ficou preocupada, pois se um semideus para sua família era repudiante, quem dirá um filho dos três grandes. Foi quando sua mente fora tomada por uma voz trovejante: “Iruna Graylock. Está criança será o futuro de sua família. Os tempos mudaram, sim, este é o meu filho sobre seus braços. No futuro ele será mais forte que muitos Graylocks juntos, ele deverá apresentar poderes divinos aos sete anos de idade, até lá, cuide para que ninguém saiba a verdade sobre ele, o destino dele pode estar em suas mãos…” Azari então cresceu convivendo com sua mãe e seus avós, como uma família normal, apesar de não serem nada normal.

     Zeus havia dito que seu filho poderia apresentar seus poderes aos 7 anos, mas isso aconteceu antes. Quando Azari tinha ainda 4 anos de idade, começou a apresentar sinais dos poderes de seu pai. O que causou tremendo caos dentro da família, uma vez que o segredo fora descoberto, muitos queriam a morte da criança, outros o exílio dele e sua mãe, mas Azarias desta vez não sabia o que fazer. Mas o que aquela família não sabia, era que coincidentemente na mesma época do nascimento de seu filho, uma guerra iniciou-se no Monte Olimpo, Azari havia sido descoberto.

     Enquanto a família Graylock se reunia para tentar dirimir sobre o futuro de Azari, era noite, estavam no lugar que costumavam se reunir, até que uma luz veio ao solo, e lá estava um de irmãos mais velhos de Azari, o deus Apolo, quase abatido, pedia para falar ao líder deles na presença da mãe e avó da criança apenas. Logo a divindade contou-lhes o que estava acontecendo desde sua partida. Onde então, Hades, ameaçando tomar o Olimpo se a criança não fosse morta, ameaçando tornar do universo seu reino de escuridão e morte, aprisionando no submundo, todos os outros deuses que se opuseram a ele, Apolo, extremamente ferido, foi enviado por seu pai, Azari precisava ser escondido. O mais velho teria de forjar a morte do seu irmão. Iruna e Azarias como líderes da família, tinham contatos que poderiam ajudar. Apolo se auto regenerando de seus ferimentos, assumiu uma aparência mais humana. Juntos levaram Azari até um poderoso feiticeiro que unindo poderes com Apolo foram capazes de ocultar a existência de Azari, desde que ele passasse a conviver com outras crianças, assim como um bloqueio fora criado em cima de seus poderes. Assim, Apolo poderia voltar ao olimpo e dizer que a criança estava morta, levando consigo uma mecha dos cabelos loiros do mais novo, e nunca mais voltou a visitar o irmão.

     Desde aquele dia, Amália passou a viver e trabalhar então num orfanato ao meio do Arizona, ficando de olho no filho cuja própria memória e existência estavam ocultas. Foram dias e anos difíceis para os dois. Porém, talvez o destino quisesse que o garoto se mostrasse ao mundo, o bloqueio de poder enfraquecia a cada ano, e os poderes de Azari cada vez mais ficavam visíveis. Com a idade, perguntas e questionamentos como “Quem é o meu pai?” apenas cresciam. O garoto sem escolha, fazia o que a mãe pedia, passando então a acreditar que seu pai era um qualquer. Azari, sofreu sem uma figura paterna, principalmente por não ter sequer alguém que o ensinasse a controlar seus poderes que ele não sabia ao menos a proveniência. Quando ele foi chegando a adolescência, em seu coração o desejo de ir atrás de seu pai foi crescendo. Quando completou 15 anos, seus poderes estavam em um estado quase que incontroláveis, sua mãe resolveu então lhe contar apenas sobre seu pai, deixando de lado a história por trás de seu sobrenome. Com isso, contou de um lugar chamado Acampamento Meio Sangue, que Apolo havia lhe dito no passado, caso um dia fosse necessário, era para lá que Azari deveria ir, ela nunca havia entendido o significado disso, até o dia que resolveu contar a verdade para o filho. No dia seguinte, quando acordou, havia apenas uma carta em na cama dele: “Mãe, sinto muito, mas eu preciso descobrir toda a verdade sobre mim, e preciso encontrar meu pai, se há um lugar que eu posso começar minha busca, é no Acampamento, irei encontrar o lugar. Te amo mãe. Agora você não irá precisar se preocupar com meus poderes, estou indo para um lugar onde segundo o que dizia meu pai a você, eu poderei controlá-los. Adeus mãe.”

     Logo ela começou a chorar, afinal, um garoto de 15 anos havia saído de casa, em busca de um lugar que sequer sabia se de fato era real. Com medo, ela chamou a polícia após 24 horas da partida de Azari. Foram 3 dias angustiantes até que ela recebeu uma ligação de um número desconhecido, era seu filho, ele havia encontrado o Acampamento Meio Sangue e estava em segurança. Ela então resolveu parar com as buscas, a voz de seu filho ao telefone era de paz, e este foi o sentimento que ela teve. Afinal, por mais que Zeus tivesse ido embora, ele poderia estar olhando pelo filho de onde estivesse. Mas no mesmo dia, ela recebeu a notícia de que seus pais haviam sido mortos no mesmo dia que Azari fugiu, e os membros da família Graylock teriam descoberto onde ela vivia e passaram meses os observando até que saíram numa caçada ao filho de Zeus, como a outros semideuses.

      Faziam dois dias que estava fora de casa, até que um desejo incessante o faz entrar numa floresta. Seu senso de direção estava bastante aguçado, facilmente seguia em direção ao norte. Já era noite quando Azari encontrou um lugar para descansar floresta adentro. O mesmo conseguiu fazer uma fogueira como via nos filmes, até que escutou um barulho vindo dos arbustos ao seu lado direito. Logo pegou a única coisa que poderia usar ali pra se defender, um galho robusto que estava ao seu lado esquerdo. Não demorou muito até que o responsável pelo barulho saísse. Era um homem mau encarado, um capanga Graylock na verdade, segurando uma barra de ferro na mão direita e parecia estar pronto para bater no garoto ou algo pior. Seu coração gelou quando ele se aproximava para falar e Azari dava leve passos para trás com medo. Naquele momento, batendo a barra de ferro em uma das mãos, o bandido disse: “Ora, Ora… se não é o semideus Graylock mais procurado pela família?" Em seguida ele correu na direção de Azari e o segurou com o ferro no pescoço, quando falou: “Vamos pirralho, o que você tem de interessante aí pra mim antes de eu lhe matar?”

     Mesmo com medo, o garoto resolveu agir, moveu uma de suas mãos a segurar aquela barra de ferro em seu pescoço e tentou usar de suas habilidades elétricas para eletrocutar aquele ferro, fazendo o homem levar um choque e o soltar, o empurrou e tentou correr, mas ele era mais rápido. Seu choque não pareceu ter efeito sobre ele. Ele correu atrás do garoto e segurou pelo seu braço agora. “O que é isso moleque?! Ta de brincadeira comigo é? Não vai embora assim não, como um semideus de merda pode ser chamado de Graylock?” Não demorou até que chegaram três homens ali. Um deles era enorme, parecia um gigante de tão alto e gordo que era. O outro, de tamanho igual ao que o atacou inicialmente. Acompanhado de um homem de sobretudo cinza, provavelmente chefe dos capangas. “Quem são vocês? Como sabem meu nome? Me deixem em paz!”. Dizia Azari. Com o primeiro ainda o segurando pelo braço, usou novamente de sua eletrocinese para tentar socá-lo, mas não deu certo. Neste instante, aproveitou que ele soltou seu braço e saiu correndo mais uma vez, quanto aquele homem enorme correu em sua direção. Na tentativa de escapar, criou o que parecia ser uma luz de relâmpago, para cegá-lo por alguns segundos na esperança de continuar a fuga. Mas de alguma forma, algo estava tentando o prender ali naquela área da floresta, seria o seu destino? Mais e mais capangas estavam chegando por todo lado. Quando o homem de sobretudo ousou falar: “Para um semideus, pensei que fosse mais poderoso, sobrinho. Bem, não estou vendo sua mãe para o proteger como à onze anos, nem seus avós, bem, esses eu matei alguns dias, papai e mamãe choraram apenas quando disse que teria o encontrado. Você tem sangue Graylock, mas não é um de nós. Acabem com esse inseto!” Gritava Edmund Graylock, tio de Azari, cujo qual ele sequer conhecia, não sabia nada a respeito da família de sua mãe, parte do que o homem falava ele nem processava. Quando ele estava cercado por eles, de alguma forma manipulou as correntes de ar na tentativa de atacar e lançá-los longe, mas de nada adiantou. O que parecia ser aerocinese, não surtiu efeito sobre os bandidos. Com o ocorrido eles foram chegando mais e mais perto. Tomado pelo medo e raiva ao mesmo tempo, Azari pode sentir e notar uma aura elétrica e azulada tomando seu corpo, e uma vontade incessante de gritar, quando palavras saíram de sua boca e voz alta: “Eu sou Azari. Filho de Zeus. Afastem-se de mim e me deixem!” 

     Os homens até se afastaram, mas ainda ficaram ali esperando qual seria seus passos, estavam em alerta, então tomado pela raiva, saltou o mais alto possível sobre os bandidos que ainda estavam em círculo, e saiu correndo. Dessa vez, consegui fugir deles. No intuito de se esconder caso eles o encontrassem novamente, subiu em uma árvore de galhos largos e decidiu pousar ali durante a noite. No dia seguinte, ia caminhando sempre sentido norte, os pulsos elétricos podiam ser sentidos ali e eles pareciam indicar a direção correta. Cada vez mais sentia-se perto do acampamento, mas desta vez, em pleno dia, foi atacado por um gigante de cerca de dois metros e meio, que começou a jogar pedaços de rocha nele, para se defender, foi tomado por uma força capaz de resistir e quebrar as rochas que vinham em sua direção. Depois de muitas pedras lançadas contra ele, o gigante veio correndo em sua direção, mas ele ficou parado esperando sua ação. O gigante então desceu um de seus braços de uma única vez tentando o atacar, por ele ser um pouco mais lento que Azari, ele esquivou, ergueu uma de suas mãos ao céu, concentrando parte da sua energia em volta do seu corpo para criar  um tipo de armadura de energia, um campo elétrico através da sua pele. Parecia que o medo, gerava certo instinto que por dados momentos o permitia controlar ao menos parte dos poderes que se quer conhecia ao todo.

     No próximo ataque dele, usando seus dois braços como martelo, Azari defendeu ao tomado por uma grande força aquele momento e em seguida saltou na direção da cabeça da criatura, usando da eletrocinese, para transmitir o campo elétrico envolto em seu corpo, para causar um choque naquele gigante, realizando um contra ataque. Não demorou muito para que levantasse, logo foi correndo até o semideus para o atacar novamente, quando ele estava a menos de dez metros, subitamente o garoto levou sua mão direita acima e desceu a socar o chão, causando um abalo eletrocinético, lançando o gigante longe e causando sua morte.

     Mas tudo aquilo, esgotou as poucas energias do príncipe do céu, já se iam três longos dias longe de casa, na noite anterior teve todo embate com os capangas de seu tio, e no dia seguinte, lutar com um gigante, não foi nada bom para o garoto, depois de realizar tal abalo eletrocinético, o garoto de 15 anos desmaiou, sendo acordado horas depois por um de seus irmãos, Castiel, ainda quando estava acamado na enfermaria.